O deputado estadual por Goiás Mauro Rubem (PT) entrou com representação no Ministério Público de Goiás (MPGO) e Tribunal de Contas dos Municípios (TCMGO) em desfavor do Município de Goiânia sobre a não utilização dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) disponíveis no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara. A unidade de saúde é administrada pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG – Fundahc/UFG.
A unidade hospitalar passou por reestruturação que modernizou e ampliou seus atendimentos de especialidades femininas. O investimento, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foi de R$ 5 milhões na compra de equipamentos, mobiliários e reformas. Segundo a administração municipal, a unidade ganhou 20 leitos de UTI adultos, 10 leitos de UTI Neonatal e novos exames.
Na semana passada, duas mulheres não resistiram enquanto aguardavam socorro adequado. Após mortes à espera de vagas, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), contratou dez leitos de UTI no Hospital Santa Casa de Misericórdia.
“Devem se abrir o maior número de leitos de UTI, o que não se pode fazer é esvaziar a Fundach porque acha que o valor cobrado pela gestora previsto em contrato é excessivo. Acredito que o prefeito quer romper o contrato, forçar a instituição propor rescisão da avença mantida com a prefeitura, substitui-la até por uma organização social ‘afinada’ com ele”, pontua o deputado Mauro Rubem.
O parlamentar completa ainda que o Hospital Municipal da Mulher possui leitos disponíveis para o atendimento a população. “Independente qual o motivo que fez o Município não realizar o encaminhamento das pessoas para o Hospital Municipal, nenhuma delas atende ao interesse público, uma vez que duas pessoas morreram por conta de falta de UTI quando o hospital público possui leitos, equipe e se encontra preparada para atendimento da população”, destacou Mauro.
Na representação encaminhada ao MPGO e TCM, o deputado estadual solicita instauração de procedimento de investigação para apurar a responsabilidade da administração municipal pela não utilização dos leitos de UTIs disponíveis; a adoção de medidas para garantir a correta gestão dos recursos de saúde pública, assegurando a oferta de leitos de UTIs para a população goianiense.