Mauro Rubem promove debate sobre dificuldades dos trabalhadores da saúde em hospitais geridos por OS

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A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou nesta segunda-feira, 03, por iniciativa do deputado estadual Mauro Rubem (PT), audiência pública para discutir a dificuldade dos servidores da saúde que trabalham em hospitais públicos do estado geridos pelo Instituto de Gestão e Humanização (IGH) e Organização Social de Saúde Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ).

Os profissionais alegam dificuldade para recebimento de salário e outros direitos trabalhistas. Para a audiência, foram convidadas as diretorias do IGH e HMTJ, que administram o Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e o Hospital da Mulher, respectivamente.

Mauro Rubem destacou o papel da audiência em promover diálogo e buscar soluções para a garantia dos direitos dos trabalhadores. “Estamos aqui para resolver essa situação e buscar uma resposta. Os trabalhadores prejudicados precisam ter seus direitos garantidos e nós não vamos parar de defende-los. Estão dando um calote nos trabalhadores com a conivência do governo do estado e isso não pode acontecer”, afirmou.

Na oportunidade, o técnico de Enfermagem Gustavo Amaral denunciou que as arbitrariedades implicam nas condições de vida do trabalhador. “Tem equipe médica com cinco meses de atraso e hoje a gente não tem pagamento ainda. O que a gente sabe é que a nova Organização Social que foi contratada pelo governo já está fazendo algumas arbitrariedades lá no Heapa [o HMTJ assumiu a gestão lá] e deixando de pagar direitos dos trabalhadores”.

A assistente administrativa Conceição de Jesus trabalhou por quase sete anos no Hospital da Mulher, na capital, e desistiu de prestar serviço na unidade por insegurança.  “É um sentimento de tristeza. Há anos dedicando e saímos sem os nossos direitos. A gente segue prejudicados”, afirmou ela ao relatar o não pagamento de direitos trabalhaistas.

Procuradora do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), Milena Cristina Costa, afirmou na ocasião que o órgão abriu procedimento para investigar a situação. “Estamos atuando de forma coletiva no caso dos 1,2 mil desempregos do IGH e vamos dar resposta no sentido de garantir o cumprimento dos direitos trabalhistas dos servidores”.

Representantes das Organizações Sociais não comparecem na audiência pública.