Mauro Rubem realiza audiência pública para discutir urgência contra o genocídio na Palestina

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Defensor dos direitos humanos, parlamentar abriu espaço para discussão sobre questões humanitárias, proteção a vida, cidadania e solidariedade ao povo palestino

Por iniciativa do deputado estadual Mauro Rubem (PT), a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou nesta sexta-feira, 09, em parceria com o Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino – GO (CSPPGO), a audiência pública “Urgência: Parar o Genocídio contra o Povo Palestino” com objetivo de discutir as adversidades enfrentadas pela população palestina na Faixa de Gaza e na Cisjordânia desde outubro de 2023, após o ataque do Hamas.

O encontro contou com a presença do vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina (IBRASPAL), Sayid Marcos Tenório; do presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), Ualid Rabah; do vereador por Goiânia Fabrício Rosa (PT), dentre outras lideranças e convidados.

A crise humanitária em Gaza se agravou após um mês de bloqueio israelense, segundo a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos. A ONU e ONGs já fizeram alertaram para o aumento da fome, falta de água potável e situações adversas aos cuidados sanitários.

Mauro Rubem destacou que o maior crime da humanidade após a Segunda Guerra está sendo cometido por um governo sionista de Israel e que o Legislativo goiano não pode deixar de tratar desse assunto. “É urgente aumentar a pressão para desmontar esta máquina de guerra contra o povo palestino. É um genocídio que mata crianças, mulheres, idosos, profissionais da saúde, da educação, jornalistas e tantos outros”, pontuou.  

Presidente da FEPAL, Ualid Rabah, fez uma análise históric e comentou dados oficiais que descrevem as atrocidades na Faixa de Gaza pelo povo Palestino. ”Este genocídio, o primeiro televisionado da história, provoca efeitos devastadores. Nunca as subjetividades foram tão testadas diante de um extermínio humano massivo. Essa não é uma guerra promovida por Israel, mas é uma guerra do ocidente e da Otan, onde 25 bilhões de dólares foram investidos, nunca um extermínio custou tanto caro”, sublinhou.

Representante da Comunidade Árabe Brasileira de Goiás e Comitê de Solidariedade do Povo Palestino em Goiás (CSPPGO), Ali El Zein Jomma, afirmou que o que vem acontecendo na Palestina é um crime de extermínio. “Estamos aqui por um dever moral e humano, pois o que acontece na Palestina é um dos maiores crimes de todos os tempos, onde um povo inteiro está sendo privado do direito de viver e existir. São bombardeios e massacres de famílias inteiras, com escolas, hospitais, mesquitas, igrejas, universidades, completamente destruídos – vítimas de armas proibidas e políticas que promovem esse extermínio como estratégia construída pelas potências ocidentais”.

Bárbara Alada, que esteve representando as mulheres palestinas, que o sonho dela é ver o povo palestino livre dos conflitos. “Todos somos iguais e me sinto honrada em pertencer ao povo palestino. Meu desejo é ajudar na reconstrução do nosso povo. Todos nós podemos fazer alguma coisa”, sublinhou ela ao relatar as experiências vividas na sua juvetude. “Que essa audiência seja uma transformação de mentalidades e atitudes. Essa participação aqui é a chave do humanismo, da fé e da esperança”, completou Frei José Fernandes, Coordenador do Comitê de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino.

O padre Rafael Magul, protopresbítero da Paróquia da Igreja Ortodoxa, ressaltou, na ocasião, que não haverá paz enquanto não houve justiça social. “A indignação ensina a não aceitar as coisas como estão e ter coragem para mudá-las. Temos esperança de um mundo melhor, a paz só chegará quando houver justiça social. Vamos trabalhar para que haja esperança”, sublinhou. Por sua vez, o vereador por Goiânia Fabrício Rosa, do PT, lembrou das mensagens anunciadas pelo então Papa Francisco de que a terra é a casa comum de todos e, que, de igual modo, o novo Papa Leão reconhece a importância da luta pela luz entre os povos. “Vivemos um momento potente, onde pode haver esperança renovada”, destacou.

Também participaram da audiência o bispo da Igreja Anglicana do Brasil, Dom Orvandil Moreira Barbosa; o embaixador da República Árabe Saaraui Democrática, Ahmed Mulay Ali Hamadi, representante da Frente Polisário no Brasil.